terça-feira, 9 de novembro de 2010 | By: Reginaldo de Melo

Saiba esperar

A espera paciente é muitas vezes a maneira mais elevada de fazer a vontade de Deus”.

Desenvolvendo a Paciência

A vida parece um teste de paciência! Nesta semana a sua paciência pode ser posta à prova em pelo menos quatro formas diferentes:
Interrupções – Ao sentar-se para jantar, alguém pode bater à sua porta ou o telefone pode tocar; ao entrar na sala de estar para descansar um pouco, alguém pode chamá-lo. Ou então, ao trabalhar arduamente para cumprir um determinado prazo de entrega, não tendo espaço para admitir qualquer interrupção, o seu chefe pode pedir-lhe que compareça a uma reunião.

Inconveniência – O seu voo está atrasado ou foi mesmo cancelado; problemas com o seu carro poderão deixá-lo parado no meio da estrada ou mesmo na garagem; alguém pode pedir-lhe ajuda no momento mais inoportuno. Como reagirá e este tipo de situações?

Irritações – De algum modo, poderá ficar irritado por alguma daquelas pequenas coisas que estão fora do seu controlo e que tornam a sua vida desconfortável. Irritações tendem a trazer à tona o melhor ou o pior que há em nós. No seu caso, como é que é?

Inactividade – Poderá ser obrigado a esperar... em filas, em escritórios, no trânsito, em elevadores. Com muita coisa para fazer em pouco tempo, ficar parado é um teste à paciência de qualquer um. A maioria das pessoas que conheço prefere fazer qualquer coisa, a ter que esperar, seja qual for o motivo.

Pesquisas têm demonstrado que pessoas habitualmente impacientes, são mais propensas a um AVC (acidente vascular cerebral). O acréscimo de stress é demasiado para um coração que, embora fragilizado por algum motivo, ainda não tenha dado sinais dessa situação. Talvez seja este o motivo para o alerta de Provérbios 19:2: “A impaciência irá metê-lo em apuros” (tradução livre).

“Não é bom agir sem reflectir; e o que se apressa com seus pés erra o caminho.”Provavelmente até poderia citar alguns exemplos pessoais desta verdade.Se quiser alguns conselhos práticos para desenvolver a paciência, a Bíblia é uma excelente fonte de sugestões. Vejamos algumas:

Descubra uma nova perspectiva. Procure uma nova maneira de encarar a situação. A paciência começa sempre pela mudança na maneira como pensamos acerca de algo. E sempre existe mais de uma perspectiva para se olhar alguma coisa, transformando o negativo em positivo! “A sabedoria do homem dá-lhe paciência” (Provérbios 19:11).
“A discrição do homem fá-lo tardio em irar-se; e sua glória está em esquecer ofensas.”

Desenvolva um senso de humor. Aprenda a rir de si mesmo e das circunstâncias, em vez de permitir que elas o deixem zangado e irritado. Encontre o lado engraçado da sua frustração. Estudos médicos têm demonstrado que pessoas com sentido de humor vivem mais. “Uma atitude descontraída prolonga a vida do homem” (Provérbios 14:30).
“ O coração tranquilo é a vida da carne; a inveja, porém, é a podridão dos ossos.”

Aprofunde o seu amor. Quando está cheio de amor, quase nada tem o poder de o provocar, mas, se estiver cheio de raiva, qualquer coisa o fará. Amar é pensar no que outras pessoas precisam e não apenas no que nós necessitamos ou queremos. “O amor é paciente, o amor é bondoso…” (I Coríntios 13:4).

Dependa de Deus. Se acredita que Deus está no controlo das circunstâncias que o cercam e que Ele não se surpreende quando obstáculos ou interrupções interferem na sua agenda, poderá relaxar e confiar que Ele cuidará para que tudo redunde em seu favor. A crise que teme pode ser afastada. “Deus pode fortalecê-lo... com abundante poder para enfrentar quaisquer circunstâncias com firmeza, paciência e alegria" (Colossenses 1:11).
“corroborados com toda a fortaleza, segundo o poder da sua glória, para toda a perseverança e longanimidade com gozo;”

Rick Warren
terça-feira, 28 de setembro de 2010 | By: Reginaldo de Melo

Paz no Amado Senhor!

Uma das estratégias para a plantação de igrejas em Portugal seria o uso dos alunos excedentes das várias instituições de ensino teológico que há pelo país, eu próprio conheço três ou quatro casais no movimento cristão, as Assembleias de Deus de Portugal, que após a sua formação teológica não avançam por falta de meios de subsistência. Infelizmente, diante de uma visão pré-estabelecida de que o serviço cristão é em regime full-time, estes casais ou famílias regem se pelo mesmo diapasão. Porém, em situações pontuais, como no caso de plantação de igrejas, os fazedores de tendas (Hudson Taylor & companhia) fazem muita falta nos dias de hoje. Infelizmente, esta visão não é aplicada nem bem-vinda, pois gera conflictos vários, tal como, eu não posso ser fazedor de tendas quando meu vizinho ao lado tem todos os meios possíveis ao seu alcance, contudo, não se pode esquecer que o vizinho tem porque antes disto outro já pagou o preço. É preciso que este tema seja posto na pauta, e que famílias, casais, jovens solteiros, enfim, com um preparo teológico básico específico, actuem como fazedores de tendas ao serviço do Evangelho de Deus.

Outro factor que tem impedido o avanço do Reino de Deus é, como exposto no artigo Distrito de Braga, a falta de unidade local, regional e nacional entre a liderança cristã. Como pode ser, como líderes pregamos unidade ao povo de Deus, e somos os primeiros a não viver o que ensinamos. A falta de unidade gera a desconfiança e o partidarismo denominacional e confessionais, a maior barreira para a eficácia de parcerias missionárias no alvo de implantação de igrejas.

Quero alertar também que, como nacionais, não podemos esperar que as igrejas étnicas introduzam Evangelho em nossa cultura, não digo que isto não tem acontecido, porém de forma muito tímida (e.g. comunidade brasileira), a qual, com excepção da IURD (rejeitada como evangélica) e da Internacional da Graça de Deus (movimentos urbanos por sinal), têm tido uma certa incidência no alcance da nação portuguesa. Tenho que dizer também, parte de nossa problemática em atingir os concelhos nacionais tem a ver com este paradigma, boa parte dos movimentos cristãos de vulto em Portugal tende a ter um cariz urbano do Reino, e os meios áridos, rurais e isolados ficam em 2º e 3º plano. Fique claro, que meu alvo ao comentar neste fórum é apenas contribuir para que o projecto 2015 seja alcançado. Somente assim, poderemos despertar as consciências para o progresso do Reino de Deus em nossa nação e, cumprir com o ide de Jesus e com o projecto 2015, do contrário, será difícil atingir o alvo proposto.

Sinceramente em Cristo,
Reginaldo de Melo
quarta-feira, 1 de setembro de 2010 | By: Reginaldo de Melo

Missão em Actos dos Apóstolos

Título: Missão em Actos dos Apóstolos
Texto: Actos 1.8
Introdução: o conceito Lucano de missões estabelece a importância que há em absorver um completo entendimento dos propósitos de Deus para a Igreja. Assim apresentaremos o papel do Espírito Santo em Actos e assim ver como isso afectou a história das missões primitivas e não só, afectou missões de uma forma geral.
Argumentos:
I. O revestimento de poder:
Primeiro de tudo, há uma crucial conexão entre o baptismo no Espírito Santo e a efectividade de fazer missões. Isto pode ser visto no mutual relacionamento entre estes três versos (Lc. 24.49; Act 1.8; Act 2.4). Vejamos:
“E eis que sobre vós envio a promessa de meu Pai; ficai porém, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder”.
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judeia e Samaria, e até os confins da terra”.
“E todos ficaram cheios do Espírito Santo, e começaram a falar noutras línguas, conforme o Espírito lhes concedia que falassem”.
O recebimento deste poder pelos discípulos indica que eles passariam a ser os precursores do ministério terreno de Jesus, ou seja, eles deveriam continuar a fazer e ensinar o que Jesus havia começado a fazer e a ensinar, daí Lucas iniciar sua apresentação dizendo o alvo do livro: “Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo quanto Jesus começou a fazer e ensinar, até o dia em que foi levado para cima, depois de haver dado mandamento, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera” (Lc 24.49).
Nota: o mandamento de Actos 1.8 continua válido para o século XXI.

II. Sinais e prodígios:
Os sinais e prodígios que ocorreram em Actos vieram a confirmar Marcos 16.15-19. Confirma também João 16.7, em relação a presença de Jesus, que embora estivesse ausente no físico, estava presente pela presença constante do Espírito Santo com eles e neles. Jesus disse: “Todavia, digo-vos a verdade, convém-vos que eu vá; pois se eu não for, o Ajudador não virá a vós; mas, se eu for, vo-lo enviarei.”
É preciso notar que sinais e prodígios tinham já sido feitos pelos discípulos antes do baptismo no Espírito (ex. comissão dos doze e dos setenta, Mateus 10.8 e Lucas 10.17), todavia Jesus estava presente e havia comissionado eles; mas neste caso aqui Jesus já tinha se ausentado para os céus, por isso necessitavam de alguém que o substituísse, é aí que o Espírito Santo assume um papel preponderante na vida da Igreja, ele reveste a Igreja de poder para a missão que Deus delegou a mesma para realizar.
As línguas servem como uma indicação verbal do revestimento do Espírito, todavia temos que convir que os sinais, inclusive as línguas, não são o fim, mas meios para atrair pessoas ao Evangelho, a regra geral implica que sinais seguem a pregação e são usados por Deus como chave para abrir o caminho para sua aceitação.
Nota: por vezes há excepções a regra, uma vez que Elimas, que se opunha que a mensagem do Evangelho fosse pregada ao Proconsul Sergio Paulo, ficou cego temporariamente como castigo de Deus (cf. Actos 13.4-12).

III. Actos 1.8, missão paralela e não sequencial:
Actos 1.8 revela as últimas palavras de Jesus na terra. Essas palavras determinavam que a missão da Igreja deveria uma natureza centrífuga, contrária a de Israel que teve uma natureza centrípeta, ou seja, Actos deveria 1.8 deve ser entendido como algo paralelo e não sequencial, como muitos erradamente interpretam, assim o alvo do revestimento era dar a missão da Igreja um carácter universal.
O revestimento (uma vez que estamos vestidos da salvação) do Espírito indica poder à Igreja para capacita-la a missão destinada a mesma, e isto incluiu até mesmo a Jesus, vejamos:
Revestido de poder (Lc 3.22): “...e o Espírito Santo desceu sobre ele em forma corpórea, como uma pomba; e ouviu-se do céu esta voz: Tu és o meu Filho amado; em ti me comprazo.”
Provado (Lc 4.1): “Jesus, pois, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão; e era levado pelo Espírito no deserto”
Ministério (Lc 4.14): “Então voltou Jesus para a Galiléia no poder do Espírito; e a sua fama correu por toda a circunvizinhança.”
Vingren, o pioneiro das ADs de língua portuguesa não via diferença entre as missões levadas a cabo em casa e aquelas do campo missionário. Vingren entendeu que a Igreja Cristã é por natureza missionária, e que sua missão é essencialmente uma, nomeadamente, fazer discípulos de todas as nações.
O maior vulto pentecostal sueco, Lewi Pethrus, dizia que é imperativo que a Igreja não subestime o trabalho missionário, uma vez que é tão relevante quanto a igreja local.

IV. Perseguição, preconceito, universalidade e evangelização:
Erradamente, muitos enfatizam o dia de Pentecostes pelo facto dos crentes terem falado em novas línguas, contudo a ênfase não deve ser posta aí, mas no evento em si.
Primeiro, o evento marca o início dos últimos dias, profetizado em Joel, que diz:
“Acontecerá depois que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos anciãos terão sonhos, os vossos mancebos terão visões; e também sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito” (Joel 2.28-29). O apóstolo Pedro conecta o evento com Joel (Act 2.16-18).
Há duas coisas a considerar neste evento:
Primeiro: os que ouviram e aceitaram: havia pelos dezasseis eis culturas naquele dia, em Jerusalém, os quais tinha vindo para a festa de Pentecostes (Act. 2.8-11).
Segundo: eles eram Helenistas, vindos da diáspora, e por conseguinte trilíngues, falavam aramaíco, hebraíco (línguas judias) e o grego (língua universal), a qual era falada por todo o Império Romano, o que iria facilitar a divulgação da mensagem cristã.
Através desta acção colectiva por parte de Deus, Ele estava demonstrando sua intenção em expandir a mensagem da salvação o mais distante possível, parecia querer dizer aos discípulos, vejam, é essa visão, entrai nela...
Infelizmente a Igreja Primitiva não absorveu a visão universalista de Jesus, pois ficaram em Jerusalém tempo demasiado, contrariando sua ordem, “ficai, até que...”
Diante da inércia da Igreja, Deus soluciona o problema, enviando a perseguição. O discurso de Estevão foi que impulsionou a Igreja primitiva a sair de suas portas e cumprir com o ide de Jesus (Act. 7.2-52).
...Ainda assim, a Igreja que deveria, como já dizemos, desenvolver uma missão centrífuga em vez de centrípeta, continuou a alimentar preconceito raciais e étnicos contra outras culturas, estava ainda dividida, vejamos alguns textos:
...A Bíblia diz que os que foram dispersos iam por toda parte, anunciando a palavra (Act. 8.4). Aqueles, pois, que foram dispersos pela tribulação suscitada por causa de Estêvão, passaram até a Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus (Actos 11.19).
Havia, porém, entre eles alguns cíprios e cirenenses (conversos do dia de Pentecostes), os quais, entrando em Antioquia, falaram também aos gregos, anunciando o Senhor Jesus (Actos 11.20).
…De certa forma a medida tomada por Deus, enviando a perseguição, fez com que os discípulos deixassem de lado algum preconceito racial e étnico que nutriam por outras nações (ex. Filipe em Samaria, grupo considerado semi-pagãos pelos judeus); desta feita a missão de Filipe em Samaria não deve portanto, ser vista como sucesso numérico, mas como cumprimento do ide de Jesus.
…O próprio Apóstolo Pedro, que andou três anos e meio com Jesus, tinha uma visão deturpada do Reino de Deus. Como o instrumento usado por Deus para pregar e abrir a porta do reino dos céus a judeus (no dia de Pentecostes cf. Actos 2), e aos gentios por Cornélio (através da visão do lençol cf. Actos 10.1-48), não compreendeu totalmente o ide de Jesus. De certa forma ele assumiu a visão, pois vemos sua ousadia em assumir aceitação dos gentios no seio da Igreja, todavia continuou dividido, vejamos:
“Quando, porém, Cefas veio a Antioquia, resisti-lhe na cara, porque era repreensível. Pois antes de chegarem alguns da parte de Tiago, ele comia com os gentios; mas quando eles chegaram, se foi retirando e se apartava deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimularam com ele, de modo que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. Mas, quando vi que não andavam rectamente conforme a verdade do evangelho, disse a Cefas perante todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como os judeus, como é que obrigas os gentios a viverem como judeus?” (Gálatas 2.11-14).
O carácter universal da obra só foi decidido em Actos 15, quando o Concílio de Jerusalém recebeu os gentios no seio da Igreja em pé de igualdade com os judeus, mas como veremos no último tópico somente com a conversão do Apóstolo Paulo que o Evangelho assumiu um carácter universal.

V. O Apóstolo Paulo:
Não se pode falar em missões em Actos sem mencionar o Apóstolo Paulo, sua chamada ocupa o livro desde o capítulo 13 ao 28. Considero aparte da vida, morte e ressurreição de Jesus, a conversão de Paulo como o maior evento na história do Cristianismo, uma vez que ele assumiu a sua chamada imediatamente a convocação feita por Jesus. Lucas descreve que Paulo a seguir a conversão logo nas sinagogas pregava a Jesus, que este era o filho de Deus (Act. 9.15-22).
Outro factor muito importante é que, a Igreja de Antioquia, a qual Paulo estava ligado era uma Igreja internacional, multicultural e missionária; era também uma Igreja guiada pelo Espírito Santo (Act. 13.2).
Antioquia tornou-se no centro missionário do primeiro século, pôs entendeu o carácter universal da obra de Deus. Textos no Novo Testamento que atestam a universalidade da Obra de Deus:
-a parábola da vinha
-a parábola da boa semente
-a parábola do grão de mostarda que germina uma grande árvore, onde os pássaros pousam e descansam
-o textos de Mateus 28.18-20; Marcos 16.15-20; Lucas 24.45-49; Actos 1.8 e Apocalipse 7.9.

Conclusão: concluímos que o alvo do Espírito Santo é amplificar a visão que a mensagem do Evangelho não foi algo exclusivo dos judeus, mas um direito universal de todos os povos. Essa nova perspectiva introduzida muda o paradigma de um errado e forte preconceito para uma realidade que, “Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus” (Gálatas 3.28).

Reginaldo de Melo
Pastor/Teacher/Writer
BD BTh MTh
Candidate to PhD
terça-feira, 31 de agosto de 2010 | By: Reginaldo de Melo

A Salvação como processo divino

Jesus disse, eu sou o Alfa e o Ómega, o primeiro e o último, amém! A salvação é um processo que se inicia com a aceitação da pessoa de Jesus Cristo, como o único e suficiente Salvador da alma (vida), mas também que se desenvolve através do crescimento espiritual e da maturidade, o que acontece através de uma entrega voluntária da vida a Jesus, ao fim de que Ele venha tornar-se o Senhor absoluto de nossas vidas. Pode ser também entendida como um processo que se inicia, desenvolve na terra, mas somente tem sua complexão no céu, durante o período o qual a Bíblia classifica de eternidade. Dado que a salvação do homem vem de Deus, que tomou a iniciativa, enviando a Jesus para pagar o preço da redenção humana, a mesma jamais se pode pagar com dinheiro, com sacrifícios, com esmolas ou com obras humanas, uma vez que é uma oferta gratuita. João 19.30 descreve assim a morte de Jesus: “Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” Consumado, a luz da Bíblia quer dizer que Ele, Jesus, cumpriu com todos os requisitos para que a salvação humana fosse uma realidade total.

...Biblicamente nós podemos ter a certeza da vida eterna, ou seja, de nossa eterna salvação através do ensino da Palavra de Deus, vejamos:
... O texto de João 3.15-16 é chamado de micro-Evangelho, por que este contém todo o conceito de salvação contido nos Evangelhos. Os versículos tratam de temas sublimes. Neles o Amor de Deus e sua dimensão são vistos, quando Ele estende esse mesmo amor ao mundo perdido, sem excepção de raças ou credos. Como prova desse amor paternal Deus oferece a dádiva mais sublime, seu Filho, para morrer em nosso lugar, seguido da promessa mais atractiva, que é o dar vida eterna a todo aquele que crê.

De facto a Bíblia é categórica em afirmar que quando uma pessoa é salva, a mesma pode gozar desta certeza em seu coração. Esta certeza não se alicerça na justiça humana ou em emoções, mas é fruto da fé na Palavra de Deus; na verdade, a morte e a ressurreição de Jesus são o alicerce onde o Cristão sustenta sua salvação. O plano de Deus para a salvação do homem é simples, basta crer de todo o coração em Deus e em sua Palavra que será salvo; a salvação é pois uma questão de fé.

Apenas Deus poderia resolver o problema da salvação, satisfazer a sua justiça, e mesmo assim salvar o pecador. Isso só foi possível por causa do grande amor de Deus, que ama o pecador (cf. João 3.16). Também por causa do equilíbrio entre os diferentes atributos de Deus (amor e justiça) não se podia resolver a questão da salvação humana com meros actos sacrificiais como é descrito no Velho Testamento. A morte do animal inocente no Velho Testamento era administrada a favor do pecador, sendo a culpa do pecador transferida para o animal inocente (cf. Levítico 1.4). Contudo, isto foi um plano temporário da parte de Deus, visto que era necessária uma vida inocente, que pudesse expiar (purificar) definitivamente o pecado, e assim ganhar o perdão para os pecados e para os pecadores. Mas, se todos os homens são pecadores, houve apenas uma solução da parte de Deus, sacrificar seu próprio Filho uma única vez; com isto Deus torna-se ao mesmo tempo justo e também o justificador dos homens (cf. João 1.14). Assim, como Jesus tem recebido de Deus o Pai toda autoridade no céu e na terra, Ele tem poder para nos condenar ou ilibar, ou seja, a sentença promulgada pesa contra o homem, que por ser pecador não pode por si só aproximar-se de Deus, Jesus todavia, assume também o papel de advogado ao permanecer entre o homem e Deus. Assim, Ele, Jesus, não apenas é o Salvador mas também o Advogado de defesa, o qual trabalha em favor do penitente (pecador).

Extraído do Livro Debate
Da Autoria de Reginaldo de Melo
quarta-feira, 18 de agosto de 2010 | By: Reginaldo de Melo

Evangelismo

Ponto de Contacto

O que irei descrever é uma história de ficção, "fruto de minha imaginação", chamada “Running on empty” (“Em direcção ao vazio” ou “Correndo para o vazio”); de facto, não estou bem certo que tradução fica melhor, mas pronto, sigamos em frente. Em seu zelo por uma causa dois jovens revolucionários atacam e explodem um laboratório. Eles não queriam ferir ninguém, mas, infelizmente, causaram a invalidez e a cegueira permanente de um homem. Isto, claro, os colocou na mira da lei para sempre. Eles tinham que pagar pela sua culpa. Já fugiam há quinze anos, sem destino, sem rumo, sem saber o que fazer e onde ir. Apesar de todo remorso e tristeza pelo mal que causaram, fora involuntário, por isso, não queriam pagar pelo seu erro; suas consciências, porém, não os deixavam em paz, acusava-os de dia e de noite. Não obstante, durante seu tempo de fuga, tiveram dois filhos, os quais, sem culpa alguma de seus erros, se tornaram também fugitivos. Os dois jovens não tinham escolha senão fugir por algo que nunca cometeram. Não podiam estabilizar suas vidas e construir um futuro, tudo isto por culpa de alguém que havia pecado. Em suma, por mais que fugissem e escapassem a justiça dos homens, jamais escapariam a justiça divina.

Moral da história. Estes dois fugitivos representam Adão e Eva, representantes da raça humana caída, que apesar de terem pecado, se desculparam com Deus e fugiram à responsabilidade; ao invés de obedecer, usaram de seu livre arbítrio para desobedecer e transgredir a vontade de Deus. Trouxeram consequências sobre seus descendentes que, aparentemente, sem razão alguma, e possivelmente contra sua vontade, continuam a fugir de sua responsabilidade perante Deus. Os dois jovens não queriam fugir, mas eram forçados. Assim é com o homem nascido sob a influência adâmica, nascido sob o pecado, quem sabe, se lhe fora dado escolher, obedeceria, ou se pecasse, não fugiria e assumia sua culpa, mas, forçosamente, o pecado, inerente ao homem carnal, faz com que ele siga os passos de seu progenitor, Adão, o homem caído. Desta feita, sua vida segue “Em direcção ao vazio”, com uma vida instável e sem futuro.

Contudo, não se pode esquecer que, “a vida passa e não fica”, e por mais que fujamos, nossa consciência nunca se aparta de nós, nos seguirá para sempre. É preferível assumir e confessar nossa culpa a Deus enquanto há tempo, pois um dia, mais cedo ou mais tarde, a justiça divina nos encontrará e julgar-nos-á com base na nossa decisão, obedecer e retroceder, ou fugir e viver eternamente separado de Deus e com a consciência culpada. Porém, não se esqueça que fugir de Deus e de sua justiça é seguir em direcção ao vazio, é correr para o nada, e ainda que fujas durante esta vida terrena da culpa do pecado, depois dela, a justiça divina e sua consciência o acompanhará à fim de o acusar; um verdadeiro labirinto! (lugar de onde não há saída).

Reginaldo de Melo
Pastor Teacher Writer
BD BTh MTh
CV in Christian Ministry
quarta-feira, 11 de agosto de 2010 | By: Reginaldo de Melo

Bem-vindo ao blog dunamisministries


Bem-vindo ao blog dunamisministries, uma extensão do website Dunamis Ministries. Enquanto o website é estático e contém informações pessoais de nossa actividade ministerial, o blog é dinâmico e serve como ferramenta para interagir com nossos contactos e não só, com todos que queiram ler nossos artigos, estudos bíblicos, notas, bem como trocar impressões e comentar acerca de algum tema. Assim, de forma a tornar mais fácil a navegação pelo mesmo, aconselho-lhe a seguir os links temáticos (ex.evangelismo, teologia, devocional, liderança, estudos bíblicos, artigos, etc).Estou certo de que este blog será uma ferramenta de bom uso para si, por isto oro para que o blog dunamisinfluence seja de bênção para seu crescimento espiritual e também para seu ministério.

Reginaldo de Melo
Pastor Teacher Writer
BD BTh MTh
CV in Christian Ministry
domingo, 8 de agosto de 2010 | By: Reginaldo de Melo

Liderança


Título: “Salomão”
Texto Base: Ec 12.1-7
Introdução: Eclesiastes retrata a experiência do Rei Salomão , como vemos em cap.1.1 (filho de Davi); 1.2 (Rei de Israel em Jerusalém); sobrepujava a todos em sabedoria (1.16-17); foi construtor de grandes obras (2.4-6). A sua introdução ao se identificar, e´semelhante a outros autores de livros canônicos. Comparar Jeremias 1.1; Amós 1.1; Neemias 1.1 e Isaías 1.1.

Argumentos:

I. Sua Sabedoria: a sabedoria do Rei Salomão é descrita pelo Livro de Provérbios, que é sem dúvida um manual de normas para a vida diária dos filhos de Deus.
Pv 1.1: “ Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel”; cf Pv 10.1: e 25.1.
 A sabedoria de Salomão foi concedida pelo próprio Deus, o qual lhe apareceu em sonhos, logo após ter ocupado o trono no lugar de seu pai, o Rei Davi, cf I Rs 3.1-15
 Desde o cap. 1 de I Reis até ao cap. 10 a vida do rei Salomão prosperou, até o dado momento que se esquece do que Deus havia estabelecido para seu sucesso como monarca; esse foi o grande erro de Salomão, que sirva como exemplo para nós obreiros.
 Não devemos esquecer que Deus estabelece leis de conduta para o nosso bem estar como filhos e como servos.

Vide I Rs 3.12-14: “...Pelo que Deus lhe disse: Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem riquezas, nem a vida de teus inimigos, mas pediste entendimento para discernires o que é justo, eis que faço segundo as tuas palavras. Eis que te dou um coração tão sábio e entendido, que antes de ti teu igual não houve, e depois de ti teu igual não se levantará. Também te dou o que não pediste, assim riquezas como glória; de modo que não haverá teu igual entre os reis, por todos os teus dias.”

Vide 9.2-5: “apareceu-lhe o Senhor segunda vez, como lhe tinha aparecido em Gibeão. E o Senhor lhe disse: Ouvi a tua oração e a tua súplica, que fizeste perante mim; santifiquei esta casa que edificaste, a fim de pôr ali o meu nome para sempre; e os meus olhos e o meu coração estarão ali todos os dias. Ora, se tu andares perante mim como andou Davi, teu pai, com inteireza de coração e com eqüidade, fazendo conforme tudo o que te ordenei, e guardando os meus estatutos e as minhas ordenanças, então confirmarei o trono de teu reino sobre Israel para sempre, como prometi a teu pai Davi, dizendo: Não te faltará varão sobre o trono de Israel.”

...Na 1ª aparição Deus não foi tão explícito, agora Ele reitera que as promessas estavam condicionadas pela obediência a sua voz:
 dependia da atitude de seu coração
 de uma vida moldada pela equidade: juízo e balança justos
 conforme: por uma vida em linha com a vontade de Deus
 guardando e zelando pela lei de Deus
 confirmação da promessa...
...Esses requisitos são o que podemos chamar de linha mestra para um viver equilibrado na presença de Deus.
 De fato, Salomão pediu aquilo que mais agrada a Deus, sabedoria, a qual consiste no temor do Senhor; não referente a medo ou superstição, mas à aplicação dos valores divinos na vida cotidiana.
 Temos que ter discernimento quanto à sabedoria, de forma a conhecer sua origem e intenção. Tiago nos alerta acerca deste assunto. Vejamos:

“Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz.”

...A Palavra de Deus define três espécies de sabedoria: humana (origem no homem), diabólica (origem satânica) e divina (origem em Deus).

II. A decadência espiritual do Rei Salomão:

a) casamento e envolvimento com mulheres estrangeiras; I Rs 11.1-3: “Ora, o rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha de Faraó: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e heteias, das nações de que o Senhor dissera aos filhos de Israel: Não ireis para elas, nem elas virão para vós; doutra maneira perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão, levado pelo amor. Tinha ele setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração.”

...Existem três inimigos letais na vida do Ministro do Evangelho, qualificados como os três f´s: fêmea, fortuna e fama ou female, fortune e fame (inglês). Ceder a seus impulsos implicará em frustração (ainda que haja restauração), um sentimento despresível, a qual espero não experimentar nem desejo que alguém o experimente.

b) pecado de idolatria; I Rs 11.4-8: “Pois sucedeu que, no tempo da velhice de Salomão, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e e seu coração já não era perfeito para com o Senhor seu Deus, como fora o de Davi, seu pai; Salomão seguiu a Astarete, deusa dos sidônios, e a Milcom, abominação dos amonitas. Assim fez Salomão o que era mau aos olhos do Senhor, e não perseverou em seguir, como fizera Davi, seu pai. Nesse tempo edificou Salomão um alto a Quemós, abominação dos moabitas, sobre e monte que está diante de Jerusalém, e a Moleque, abominação dos amonitas. E assim fez para todas as suas mulheres estrangeiras, as quais queimavam incenso e ofereciam sacrifícios a seus deuses.”

...A idade do Rei não foi a causa primária de ter se desviado, mas os atos que à precederam. Não há dúvidas que certas ações presentes irão ter sua repercusão (boas ou más) futura; foi esse o caso de Salomão.

c) Pecado de licensiocidade; I Rs 12.4: “Teu pai agravou o nosso jugo; agora, pois, alivia a dura servidão e o pesado jugo que teu pai nos impôs, e nós te serviremos.”

...A eqüidade requerida por Deus não foi posta em prática; Salomão se fez pesado ao povo cobrando altos impostos e impondo servidão, exemplo seguido por seu sucessor, seu filho Roboão, I Rs 12.18: “Então o rei Roboão enviou-lhes Adorão, que estava sobre a leva de tributários servis.”

No capítulo I Rs 11 Salomão transgride a lei de Deus e se rebela, e como no plano espiritual existem leis espirituais, a lei da semeadura e da colheita vem sobre a sua vida e reinado. Analisemos os desvios do Rei:

...Analisemos os fatos deste espisódio:
 Salomão recebe a revelação direto do próprio Deus.
 Deus estabeleceu regras a Salomão acerca de sua integridade espiritual e moral; a condição de Deus era igual a bençãos.
 Desobediência a Deus trouxe problemas amargos de desilusão, frustração e desespero, conforme se vê no livro de Eclesiastes.

...Salomão era alguém que tinha tudo para ser bem sucedido, todavia seu legado e herança não deixam lembrança. Vejamos:
 Seus desvios e pecados (casamento misto e idolatria) serviram como laço a Israel por muitas gerações, cf II Rs 23.13-14: “O rei profanou também os altos que estavam ao oriente de Jerusalém, à direita do Monte de Corrupção, os quais Salomão, rei de Israel, edificara a Astarote, abominação dos sidônios, a Quemós, abominação dos moabitas, e a Milcom, abominação dos filhos de Amom.”
 Seu legado negativo perdurou até aos dias da reforma levada à cabo por Neemias e Esdras, o escriba: Ne 13.26: “Não pecou nisso Salomão, rei de Israel? Entre muitas nações não havia rei semelhante a ele, e ele era amado de seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre todo o Israel. Contudo mesmo a ele as mulheres estrangeiras o fizeram pecar.”

III. As três etapas da vida do monarca Salomão:
...se há alguém que teve uma vida de altos e baixos este foi Salomão.

a) Vida de obediência e prosperidade a Deus na sua juventude...
b) Desvio da vontade de Deus no período da meia idade e velhice
c) Juízo de Deus a suas ações, levando a reflexão profundas: livro de Eclesiastes.
d) Arrependimento, regresso à sanidade espiritual nos dias finais da sua vida.

Capítulo 12 de Eclesiastes:
“lembra-te do teu criador”; talvez fique melhor traduzido “...lembra-te então do teu criador”, pois denota um resumo daquilo que o autor disse no livro, que é uma síntese de seu testemunho.
“antes que se escureçam o sol”; alguns comentários bíblicos enfatizam este texto como uma extensão do conselho do autor a seus leitores, para que desfrutem da vida, mas não se esqueça de seu criador.
“sol, lua, estrelas e nuvens”; descrevem a idade avançada como um período onde não há brilho e calor, isto é, prazer na vida.
“guardas da tua casa”; o autor compara o corpo de um homem a uma casa. Guardas da casa simbolizam os pés e as mãos, e os homens fortes são simbolizadas pelas pernas que enfraquecem.
“os moedores”; referem-se aos poucos dentes que ainda restam.
“olhos nas janelas escurecem”; são os olhos que se tornam fracos.
“os teus lábios quais portas se fecharem”; retrata o cansaço e fraqueza da voz e a falta de assunto para falar.
Nota: a forma hebraíca da palavra portas tem um duplo sentido, sugerindo portanto duas portas ou portas duplas, provavelmente se refere aos ouvidos que se tornarão surdos.
“o baixo ruído da moedura”; refere-se ao mastigar sem dentes para triturar.
“se levantar a voz das aves”; revela a incapacidade do idoso para dormir.
“e todas as harmonias filhas da música te diminuírem”; diminuição da audição, provocada pela velhice.
“temerem o que está no alto”; refere-se a falta do fôlego, que trona dificíl uma caminhada.
“espantarem no seu caminho”; falta de confiança nas fragéis pernas, quando tem que se caminhar pelas ruas estreitas e amontoadas de gente.
“como florescem as amendoeiras”; embranquecimento do cabelo, pois a amendoeira vista de pertoparece rosada, mas vista de longe tem certo aspecto como coberta de neve.
“e o gafanhoto for um peso”; retrata o cansaço físico, causado pela longevidade.
“e te perecer o apetite”; literalmente é: “...as amoras se tornarem ineficazes”. Refere-se a uma amora afrodisíaca que estimulava o apetite sexual, mas retrata também a fome que diminue nesta fase da vida.
“fio ou cadeia de prata” o partir de um candeeiro de luxo pendente no teto, o qual parte, e caí estrodosamente no chão; indica que nesta fase a vida esta por um fio.
“despedace-se o copo de ouro”; valor da vida que se quebra.
“despedace-se ou quebre o cântaro junto a fonte e se desfaça a roda junto do poço”; o cântaro se quebrou, portanto, não pode mais conter à agua (vida), a roda se despedaçou, portanto mais puxar água (o vigor da vida cessou).

Conclusão: Ec 12.12-13: “Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é todo o dever do homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.”

Estudo elaborado durante nosso ministério em Ourém- Portugal-1995-1998.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010 | By: Reginaldo de Melo

Eventos


Pela graça de Deus,no ano passado deu-se a apresentação de minha tese de Mestrado em Teologia na Cidade de Coimbra, chamada de a Cidade do Conhecimento, uma espécie de Cambridge e Oxford Portuguesa. O evento teve lugar na Igreja Assembleia de Deus Local, assim agradecemos o Pastor João Pedro, Presidente da Convenção das Assembleias de Deus de Portugal. Nesta ocasião lançamos também o Livro "O vento sopra na América Latina", o título da tese em causa, prefaciado pelo ilustre Pastor Elienai Cabral, Presidente das Assembleias de Deus no Sobradinho, Brasília, Distrito Federal. Quer no Brasil como em Portugal o mesmo já está em sua 2ª edição. O mesmo disserta sobre a vida de Gunnar Vingren e Daniel Berg, pioneiros das Assembleias de Deus no Brasil, e está disponível em nossa loja online, ver www.dunamisministries.info. A todos aqueles que amam missões, vale a pena ler este pequeno tratado missiológico.

Reginaldo Melo
Pastor Teacher Writer
BD BTh MTh
CV in Christian Ministry

Evangelismo


Filiação Divina

do ponto de vista humano, muitos pensam que todos são filhos de Deus. Bem, é triste, mas tenho que dizer que não é este o ensino bíblico. Do ponto de vista divino, todas as pessoas são criaturas de Deus, feitas a sua imagem (moral) e semelhança (espiritual), (cf. Génesis 1.26). Contudo, como já foi dito, devido à queda do homem, a comunhão foi perdida no Éden. Antes disso, pode se dizer que a criação humana gozava do estatuto de filiação divina, pois debaixo do plano original de Deus seriam todos filhos de Deus. Contudo, após a queda este estatuto se perdeu e continua perdido. Há portanto uma única forma de restaurar-se esta filiação, através de Jesus, o modelo perfeito de Deus. É fácil de entender, siga me abaixo.

Como dito no cap. I, originalmente a intenção de Deus era uma criação perfeita, uma interacção perfeita (influência recíproca de dois ou mais elementos), enfim, um mundo existencial regido sob uma Teocracia (governo de Deus). Contudo, o género humano, criado perfeito, não preencheu os requisitos divinos, e o ideal de Deus foi fadado pela queda do homem, sob a influência do Diabo. Com isto veio a degradação, a degeneração e a morte física e espiritual. Como já disse, com o propósito de redimir e restaurar a humanidade, Deus entrou em acção à fim de recuperar seu plano original. Por esta razão Jesus é considerado o segundo Adão. Há vários textos que comprovam isto, vejamos:
“No entanto a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão o qual é figura daquele (Jesus) que havia de vir”, (cf. Romanos 5.14).
“Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados” (cf. I Coríntios 15.22).
“Assim também está escrito: O primeiro homem, Adão, tornou-se alma vivente; o último Adão, espírito vivificante”, (cf. I Coríntios 15.45).

Os textos acima descrevem a influência que ambos Adão e Jesus tiveram sobre a humanidade. Por causa da queda e do pecado, aqueles que estão em Adão estão debaixo do poder da morte (espiritual e física (a qual existe por causa da queda)). Isto dá-se porque a natureza adâmica reina sobre aqueles que ainda não experimentaram o novo nascimento. Porém, em Cristo, há uma reversão, ou seja, a morte (espiritual) não mais tem poder sobre a pessoa; quanto a morte física, ainda que não haja uma reversão visível, há uma reversão na esfera espiritual, pois todos quantos estão em Cristo nutrem a esperança da vida eterna, onde receberão novos corpos espirituais, (cf. I Coríntios 15.40-49). Tendo dito isto, Jesus é o modelo perfeito, n´Ele somos restaurados à condição original perdida no Éden. Ele é o original perfeito, donde Deus extraí muitas milhões de cópias imperfeitas. Por esta razão, os que estão em Adão, ou seja, nascidos sob o pecado original e gerados segundo a carne e o sangue, são criaturas de Deus; apenas os que estão em Cristo são filhos legítimos (de Deus), estes são gerados espiritualmente pelo Espírito de Deus. João 1.12-13 confirma isto: “Mas, a todos quantos o receberam (a Jesus), aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus”.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010 | By: Reginaldo de Melo

Experimentando uma relação pessoal com Deus!

Quando o homem (genérico, masc. & fem.) aceita o convite de Jesus, inicia-se uma relação pessoal com Deus. É como um recém-nascido, que precisa aprender a andar, falar, a sua alimentação é específica, ele descobre novas coisas e desenvolve-se com o tempo. Por outras palavras, quando o homem nasce de novo entra em um mundo novo, onde tudo é novidade. Ao princípio sua percepção das coisas divinas é ténue e obscura, mas com o passar do tempo e com a revelação vem a maturidade cristã. Neste estágio, ele passa a ter prazer não só em viver a vida cristã, mas também em passar este conhecimento a outros. Segundo a Bíblia, este é o maior privilégio de um ser humano. Eis o resumo bíblico da vida: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em entender, e em me conhecer, que eu sou o Senhor”, (cf. Jeremias 9.23-24). O homem pode ter tudo, mas se não tiver o conhecimento de Deus não tem nada.

Este é o ponto onde o homem entende que não é nem pode ser salvo mediante a sua perfeição, mas pela graça (favor imerecido de Deus), o qual Deus, em sua misericórdia, presta-lhe. Ele vê a salvação como um benefício e não apenas como algo que o livra da condenação eterna. Caminhar com Deus, seguir Jesus é um prazer, sua percepção espiritual leva-o o a ver a vida cristã e seus preceitos como um prazer e não como um jugo. Ele goza da vida cristã diariamente, indiferente de seu status social ou cultural, ele sente-se amado por Deus, e sabe que o amor de Deus não é algo teórico e insípido (sem sabor, que não tem graça ou atractivo), mas algo prático, provado pela morte de Jesus em seu lugar na cruz. A fé deste homem não se alicerça em sua própria justiça ou em emoções, mas é fruto da revelação da Palavra de Deus. A isto chamamos de encontro com Deus.