terça-feira, 31 de agosto de 2010 | By: Reginaldo de Melo

A Salvação como processo divino

Jesus disse, eu sou o Alfa e o Ómega, o primeiro e o último, amém! A salvação é um processo que se inicia com a aceitação da pessoa de Jesus Cristo, como o único e suficiente Salvador da alma (vida), mas também que se desenvolve através do crescimento espiritual e da maturidade, o que acontece através de uma entrega voluntária da vida a Jesus, ao fim de que Ele venha tornar-se o Senhor absoluto de nossas vidas. Pode ser também entendida como um processo que se inicia, desenvolve na terra, mas somente tem sua complexão no céu, durante o período o qual a Bíblia classifica de eternidade. Dado que a salvação do homem vem de Deus, que tomou a iniciativa, enviando a Jesus para pagar o preço da redenção humana, a mesma jamais se pode pagar com dinheiro, com sacrifícios, com esmolas ou com obras humanas, uma vez que é uma oferta gratuita. João 19.30 descreve assim a morte de Jesus: “Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito.” Consumado, a luz da Bíblia quer dizer que Ele, Jesus, cumpriu com todos os requisitos para que a salvação humana fosse uma realidade total.

...Biblicamente nós podemos ter a certeza da vida eterna, ou seja, de nossa eterna salvação através do ensino da Palavra de Deus, vejamos:
... O texto de João 3.15-16 é chamado de micro-Evangelho, por que este contém todo o conceito de salvação contido nos Evangelhos. Os versículos tratam de temas sublimes. Neles o Amor de Deus e sua dimensão são vistos, quando Ele estende esse mesmo amor ao mundo perdido, sem excepção de raças ou credos. Como prova desse amor paternal Deus oferece a dádiva mais sublime, seu Filho, para morrer em nosso lugar, seguido da promessa mais atractiva, que é o dar vida eterna a todo aquele que crê.

De facto a Bíblia é categórica em afirmar que quando uma pessoa é salva, a mesma pode gozar desta certeza em seu coração. Esta certeza não se alicerça na justiça humana ou em emoções, mas é fruto da fé na Palavra de Deus; na verdade, a morte e a ressurreição de Jesus são o alicerce onde o Cristão sustenta sua salvação. O plano de Deus para a salvação do homem é simples, basta crer de todo o coração em Deus e em sua Palavra que será salvo; a salvação é pois uma questão de fé.

Apenas Deus poderia resolver o problema da salvação, satisfazer a sua justiça, e mesmo assim salvar o pecador. Isso só foi possível por causa do grande amor de Deus, que ama o pecador (cf. João 3.16). Também por causa do equilíbrio entre os diferentes atributos de Deus (amor e justiça) não se podia resolver a questão da salvação humana com meros actos sacrificiais como é descrito no Velho Testamento. A morte do animal inocente no Velho Testamento era administrada a favor do pecador, sendo a culpa do pecador transferida para o animal inocente (cf. Levítico 1.4). Contudo, isto foi um plano temporário da parte de Deus, visto que era necessária uma vida inocente, que pudesse expiar (purificar) definitivamente o pecado, e assim ganhar o perdão para os pecados e para os pecadores. Mas, se todos os homens são pecadores, houve apenas uma solução da parte de Deus, sacrificar seu próprio Filho uma única vez; com isto Deus torna-se ao mesmo tempo justo e também o justificador dos homens (cf. João 1.14). Assim, como Jesus tem recebido de Deus o Pai toda autoridade no céu e na terra, Ele tem poder para nos condenar ou ilibar, ou seja, a sentença promulgada pesa contra o homem, que por ser pecador não pode por si só aproximar-se de Deus, Jesus todavia, assume também o papel de advogado ao permanecer entre o homem e Deus. Assim, Ele, Jesus, não apenas é o Salvador mas também o Advogado de defesa, o qual trabalha em favor do penitente (pecador).

Extraído do Livro Debate
Da Autoria de Reginaldo de Melo
quarta-feira, 18 de agosto de 2010 | By: Reginaldo de Melo

Evangelismo

Ponto de Contacto

O que irei descrever é uma história de ficção, "fruto de minha imaginação", chamada “Running on empty” (“Em direcção ao vazio” ou “Correndo para o vazio”); de facto, não estou bem certo que tradução fica melhor, mas pronto, sigamos em frente. Em seu zelo por uma causa dois jovens revolucionários atacam e explodem um laboratório. Eles não queriam ferir ninguém, mas, infelizmente, causaram a invalidez e a cegueira permanente de um homem. Isto, claro, os colocou na mira da lei para sempre. Eles tinham que pagar pela sua culpa. Já fugiam há quinze anos, sem destino, sem rumo, sem saber o que fazer e onde ir. Apesar de todo remorso e tristeza pelo mal que causaram, fora involuntário, por isso, não queriam pagar pelo seu erro; suas consciências, porém, não os deixavam em paz, acusava-os de dia e de noite. Não obstante, durante seu tempo de fuga, tiveram dois filhos, os quais, sem culpa alguma de seus erros, se tornaram também fugitivos. Os dois jovens não tinham escolha senão fugir por algo que nunca cometeram. Não podiam estabilizar suas vidas e construir um futuro, tudo isto por culpa de alguém que havia pecado. Em suma, por mais que fugissem e escapassem a justiça dos homens, jamais escapariam a justiça divina.

Moral da história. Estes dois fugitivos representam Adão e Eva, representantes da raça humana caída, que apesar de terem pecado, se desculparam com Deus e fugiram à responsabilidade; ao invés de obedecer, usaram de seu livre arbítrio para desobedecer e transgredir a vontade de Deus. Trouxeram consequências sobre seus descendentes que, aparentemente, sem razão alguma, e possivelmente contra sua vontade, continuam a fugir de sua responsabilidade perante Deus. Os dois jovens não queriam fugir, mas eram forçados. Assim é com o homem nascido sob a influência adâmica, nascido sob o pecado, quem sabe, se lhe fora dado escolher, obedeceria, ou se pecasse, não fugiria e assumia sua culpa, mas, forçosamente, o pecado, inerente ao homem carnal, faz com que ele siga os passos de seu progenitor, Adão, o homem caído. Desta feita, sua vida segue “Em direcção ao vazio”, com uma vida instável e sem futuro.

Contudo, não se pode esquecer que, “a vida passa e não fica”, e por mais que fujamos, nossa consciência nunca se aparta de nós, nos seguirá para sempre. É preferível assumir e confessar nossa culpa a Deus enquanto há tempo, pois um dia, mais cedo ou mais tarde, a justiça divina nos encontrará e julgar-nos-á com base na nossa decisão, obedecer e retroceder, ou fugir e viver eternamente separado de Deus e com a consciência culpada. Porém, não se esqueça que fugir de Deus e de sua justiça é seguir em direcção ao vazio, é correr para o nada, e ainda que fujas durante esta vida terrena da culpa do pecado, depois dela, a justiça divina e sua consciência o acompanhará à fim de o acusar; um verdadeiro labirinto! (lugar de onde não há saída).

Reginaldo de Melo
Pastor Teacher Writer
BD BTh MTh
CV in Christian Ministry
quarta-feira, 11 de agosto de 2010 | By: Reginaldo de Melo

Bem-vindo ao blog dunamisministries


Bem-vindo ao blog dunamisministries, uma extensão do website Dunamis Ministries. Enquanto o website é estático e contém informações pessoais de nossa actividade ministerial, o blog é dinâmico e serve como ferramenta para interagir com nossos contactos e não só, com todos que queiram ler nossos artigos, estudos bíblicos, notas, bem como trocar impressões e comentar acerca de algum tema. Assim, de forma a tornar mais fácil a navegação pelo mesmo, aconselho-lhe a seguir os links temáticos (ex.evangelismo, teologia, devocional, liderança, estudos bíblicos, artigos, etc).Estou certo de que este blog será uma ferramenta de bom uso para si, por isto oro para que o blog dunamisinfluence seja de bênção para seu crescimento espiritual e também para seu ministério.

Reginaldo de Melo
Pastor Teacher Writer
BD BTh MTh
CV in Christian Ministry
domingo, 8 de agosto de 2010 | By: Reginaldo de Melo

Liderança


Título: “Salomão”
Texto Base: Ec 12.1-7
Introdução: Eclesiastes retrata a experiência do Rei Salomão , como vemos em cap.1.1 (filho de Davi); 1.2 (Rei de Israel em Jerusalém); sobrepujava a todos em sabedoria (1.16-17); foi construtor de grandes obras (2.4-6). A sua introdução ao se identificar, e´semelhante a outros autores de livros canônicos. Comparar Jeremias 1.1; Amós 1.1; Neemias 1.1 e Isaías 1.1.

Argumentos:

I. Sua Sabedoria: a sabedoria do Rei Salomão é descrita pelo Livro de Provérbios, que é sem dúvida um manual de normas para a vida diária dos filhos de Deus.
Pv 1.1: “ Provérbios de Salomão, filho de Davi, rei de Israel”; cf Pv 10.1: e 25.1.
 A sabedoria de Salomão foi concedida pelo próprio Deus, o qual lhe apareceu em sonhos, logo após ter ocupado o trono no lugar de seu pai, o Rei Davi, cf I Rs 3.1-15
 Desde o cap. 1 de I Reis até ao cap. 10 a vida do rei Salomão prosperou, até o dado momento que se esquece do que Deus havia estabelecido para seu sucesso como monarca; esse foi o grande erro de Salomão, que sirva como exemplo para nós obreiros.
 Não devemos esquecer que Deus estabelece leis de conduta para o nosso bem estar como filhos e como servos.

Vide I Rs 3.12-14: “...Pelo que Deus lhe disse: Porquanto pediste isso, e não pediste para ti muitos dias, nem riquezas, nem a vida de teus inimigos, mas pediste entendimento para discernires o que é justo, eis que faço segundo as tuas palavras. Eis que te dou um coração tão sábio e entendido, que antes de ti teu igual não houve, e depois de ti teu igual não se levantará. Também te dou o que não pediste, assim riquezas como glória; de modo que não haverá teu igual entre os reis, por todos os teus dias.”

Vide 9.2-5: “apareceu-lhe o Senhor segunda vez, como lhe tinha aparecido em Gibeão. E o Senhor lhe disse: Ouvi a tua oração e a tua súplica, que fizeste perante mim; santifiquei esta casa que edificaste, a fim de pôr ali o meu nome para sempre; e os meus olhos e o meu coração estarão ali todos os dias. Ora, se tu andares perante mim como andou Davi, teu pai, com inteireza de coração e com eqüidade, fazendo conforme tudo o que te ordenei, e guardando os meus estatutos e as minhas ordenanças, então confirmarei o trono de teu reino sobre Israel para sempre, como prometi a teu pai Davi, dizendo: Não te faltará varão sobre o trono de Israel.”

...Na 1ª aparição Deus não foi tão explícito, agora Ele reitera que as promessas estavam condicionadas pela obediência a sua voz:
 dependia da atitude de seu coração
 de uma vida moldada pela equidade: juízo e balança justos
 conforme: por uma vida em linha com a vontade de Deus
 guardando e zelando pela lei de Deus
 confirmação da promessa...
...Esses requisitos são o que podemos chamar de linha mestra para um viver equilibrado na presença de Deus.
 De fato, Salomão pediu aquilo que mais agrada a Deus, sabedoria, a qual consiste no temor do Senhor; não referente a medo ou superstição, mas à aplicação dos valores divinos na vida cotidiana.
 Temos que ter discernimento quanto à sabedoria, de forma a conhecer sua origem e intenção. Tiago nos alerta acerca deste assunto. Vejamos:

“Mas, se tendes amargo ciúme e sentimento faccioso em vosso coração, não vos glorieis, nem mintais contra a verdade. Essa não é a sabedoria que vem do alto, mas é terrena, animal e diabólica. Porque onde há ciúme e sentimento faccioso, aí há confusão e toda obra má. Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente, pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia. Ora, o fruto da justiça semeia-se em paz para aqueles que promovem a paz.”

...A Palavra de Deus define três espécies de sabedoria: humana (origem no homem), diabólica (origem satânica) e divina (origem em Deus).

II. A decadência espiritual do Rei Salomão:

a) casamento e envolvimento com mulheres estrangeiras; I Rs 11.1-3: “Ora, o rei Salomão amou muitas mulheres estrangeiras, além da filha de Faraó: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e heteias, das nações de que o Senhor dissera aos filhos de Israel: Não ireis para elas, nem elas virão para vós; doutra maneira perverterão o vosso coração para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão, levado pelo amor. Tinha ele setecentas mulheres, princesas, e trezentas concubinas; e suas mulheres lhe perverteram o coração.”

...Existem três inimigos letais na vida do Ministro do Evangelho, qualificados como os três f´s: fêmea, fortuna e fama ou female, fortune e fame (inglês). Ceder a seus impulsos implicará em frustração (ainda que haja restauração), um sentimento despresível, a qual espero não experimentar nem desejo que alguém o experimente.

b) pecado de idolatria; I Rs 11.4-8: “Pois sucedeu que, no tempo da velhice de Salomão, suas mulheres lhe perverteram o coração para seguir outros deuses; e e seu coração já não era perfeito para com o Senhor seu Deus, como fora o de Davi, seu pai; Salomão seguiu a Astarete, deusa dos sidônios, e a Milcom, abominação dos amonitas. Assim fez Salomão o que era mau aos olhos do Senhor, e não perseverou em seguir, como fizera Davi, seu pai. Nesse tempo edificou Salomão um alto a Quemós, abominação dos moabitas, sobre e monte que está diante de Jerusalém, e a Moleque, abominação dos amonitas. E assim fez para todas as suas mulheres estrangeiras, as quais queimavam incenso e ofereciam sacrifícios a seus deuses.”

...A idade do Rei não foi a causa primária de ter se desviado, mas os atos que à precederam. Não há dúvidas que certas ações presentes irão ter sua repercusão (boas ou más) futura; foi esse o caso de Salomão.

c) Pecado de licensiocidade; I Rs 12.4: “Teu pai agravou o nosso jugo; agora, pois, alivia a dura servidão e o pesado jugo que teu pai nos impôs, e nós te serviremos.”

...A eqüidade requerida por Deus não foi posta em prática; Salomão se fez pesado ao povo cobrando altos impostos e impondo servidão, exemplo seguido por seu sucessor, seu filho Roboão, I Rs 12.18: “Então o rei Roboão enviou-lhes Adorão, que estava sobre a leva de tributários servis.”

No capítulo I Rs 11 Salomão transgride a lei de Deus e se rebela, e como no plano espiritual existem leis espirituais, a lei da semeadura e da colheita vem sobre a sua vida e reinado. Analisemos os desvios do Rei:

...Analisemos os fatos deste espisódio:
 Salomão recebe a revelação direto do próprio Deus.
 Deus estabeleceu regras a Salomão acerca de sua integridade espiritual e moral; a condição de Deus era igual a bençãos.
 Desobediência a Deus trouxe problemas amargos de desilusão, frustração e desespero, conforme se vê no livro de Eclesiastes.

...Salomão era alguém que tinha tudo para ser bem sucedido, todavia seu legado e herança não deixam lembrança. Vejamos:
 Seus desvios e pecados (casamento misto e idolatria) serviram como laço a Israel por muitas gerações, cf II Rs 23.13-14: “O rei profanou também os altos que estavam ao oriente de Jerusalém, à direita do Monte de Corrupção, os quais Salomão, rei de Israel, edificara a Astarote, abominação dos sidônios, a Quemós, abominação dos moabitas, e a Milcom, abominação dos filhos de Amom.”
 Seu legado negativo perdurou até aos dias da reforma levada à cabo por Neemias e Esdras, o escriba: Ne 13.26: “Não pecou nisso Salomão, rei de Israel? Entre muitas nações não havia rei semelhante a ele, e ele era amado de seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre todo o Israel. Contudo mesmo a ele as mulheres estrangeiras o fizeram pecar.”

III. As três etapas da vida do monarca Salomão:
...se há alguém que teve uma vida de altos e baixos este foi Salomão.

a) Vida de obediência e prosperidade a Deus na sua juventude...
b) Desvio da vontade de Deus no período da meia idade e velhice
c) Juízo de Deus a suas ações, levando a reflexão profundas: livro de Eclesiastes.
d) Arrependimento, regresso à sanidade espiritual nos dias finais da sua vida.

Capítulo 12 de Eclesiastes:
“lembra-te do teu criador”; talvez fique melhor traduzido “...lembra-te então do teu criador”, pois denota um resumo daquilo que o autor disse no livro, que é uma síntese de seu testemunho.
“antes que se escureçam o sol”; alguns comentários bíblicos enfatizam este texto como uma extensão do conselho do autor a seus leitores, para que desfrutem da vida, mas não se esqueça de seu criador.
“sol, lua, estrelas e nuvens”; descrevem a idade avançada como um período onde não há brilho e calor, isto é, prazer na vida.
“guardas da tua casa”; o autor compara o corpo de um homem a uma casa. Guardas da casa simbolizam os pés e as mãos, e os homens fortes são simbolizadas pelas pernas que enfraquecem.
“os moedores”; referem-se aos poucos dentes que ainda restam.
“olhos nas janelas escurecem”; são os olhos que se tornam fracos.
“os teus lábios quais portas se fecharem”; retrata o cansaço e fraqueza da voz e a falta de assunto para falar.
Nota: a forma hebraíca da palavra portas tem um duplo sentido, sugerindo portanto duas portas ou portas duplas, provavelmente se refere aos ouvidos que se tornarão surdos.
“o baixo ruído da moedura”; refere-se ao mastigar sem dentes para triturar.
“se levantar a voz das aves”; revela a incapacidade do idoso para dormir.
“e todas as harmonias filhas da música te diminuírem”; diminuição da audição, provocada pela velhice.
“temerem o que está no alto”; refere-se a falta do fôlego, que trona dificíl uma caminhada.
“espantarem no seu caminho”; falta de confiança nas fragéis pernas, quando tem que se caminhar pelas ruas estreitas e amontoadas de gente.
“como florescem as amendoeiras”; embranquecimento do cabelo, pois a amendoeira vista de pertoparece rosada, mas vista de longe tem certo aspecto como coberta de neve.
“e o gafanhoto for um peso”; retrata o cansaço físico, causado pela longevidade.
“e te perecer o apetite”; literalmente é: “...as amoras se tornarem ineficazes”. Refere-se a uma amora afrodisíaca que estimulava o apetite sexual, mas retrata também a fome que diminue nesta fase da vida.
“fio ou cadeia de prata” o partir de um candeeiro de luxo pendente no teto, o qual parte, e caí estrodosamente no chão; indica que nesta fase a vida esta por um fio.
“despedace-se o copo de ouro”; valor da vida que se quebra.
“despedace-se ou quebre o cântaro junto a fonte e se desfaça a roda junto do poço”; o cântaro se quebrou, portanto, não pode mais conter à agua (vida), a roda se despedaçou, portanto mais puxar água (o vigor da vida cessou).

Conclusão: Ec 12.12-13: “Teme a Deus, e guarda os seus mandamentos; porque isto é todo o dever do homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom, quer seja mau.”

Estudo elaborado durante nosso ministério em Ourém- Portugal-1995-1998.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010 | By: Reginaldo de Melo

Eventos


Pela graça de Deus,no ano passado deu-se a apresentação de minha tese de Mestrado em Teologia na Cidade de Coimbra, chamada de a Cidade do Conhecimento, uma espécie de Cambridge e Oxford Portuguesa. O evento teve lugar na Igreja Assembleia de Deus Local, assim agradecemos o Pastor João Pedro, Presidente da Convenção das Assembleias de Deus de Portugal. Nesta ocasião lançamos também o Livro "O vento sopra na América Latina", o título da tese em causa, prefaciado pelo ilustre Pastor Elienai Cabral, Presidente das Assembleias de Deus no Sobradinho, Brasília, Distrito Federal. Quer no Brasil como em Portugal o mesmo já está em sua 2ª edição. O mesmo disserta sobre a vida de Gunnar Vingren e Daniel Berg, pioneiros das Assembleias de Deus no Brasil, e está disponível em nossa loja online, ver www.dunamisministries.info. A todos aqueles que amam missões, vale a pena ler este pequeno tratado missiológico.

Reginaldo Melo
Pastor Teacher Writer
BD BTh MTh
CV in Christian Ministry

Evangelismo


Filiação Divina

do ponto de vista humano, muitos pensam que todos são filhos de Deus. Bem, é triste, mas tenho que dizer que não é este o ensino bíblico. Do ponto de vista divino, todas as pessoas são criaturas de Deus, feitas a sua imagem (moral) e semelhança (espiritual), (cf. Génesis 1.26). Contudo, como já foi dito, devido à queda do homem, a comunhão foi perdida no Éden. Antes disso, pode se dizer que a criação humana gozava do estatuto de filiação divina, pois debaixo do plano original de Deus seriam todos filhos de Deus. Contudo, após a queda este estatuto se perdeu e continua perdido. Há portanto uma única forma de restaurar-se esta filiação, através de Jesus, o modelo perfeito de Deus. É fácil de entender, siga me abaixo.

Como dito no cap. I, originalmente a intenção de Deus era uma criação perfeita, uma interacção perfeita (influência recíproca de dois ou mais elementos), enfim, um mundo existencial regido sob uma Teocracia (governo de Deus). Contudo, o género humano, criado perfeito, não preencheu os requisitos divinos, e o ideal de Deus foi fadado pela queda do homem, sob a influência do Diabo. Com isto veio a degradação, a degeneração e a morte física e espiritual. Como já disse, com o propósito de redimir e restaurar a humanidade, Deus entrou em acção à fim de recuperar seu plano original. Por esta razão Jesus é considerado o segundo Adão. Há vários textos que comprovam isto, vejamos:
“No entanto a morte reinou desde Adão até Moisés, mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão o qual é figura daquele (Jesus) que havia de vir”, (cf. Romanos 5.14).
“Pois como em Adão todos morrem, do mesmo modo em Cristo todos serão vivificados” (cf. I Coríntios 15.22).
“Assim também está escrito: O primeiro homem, Adão, tornou-se alma vivente; o último Adão, espírito vivificante”, (cf. I Coríntios 15.45).

Os textos acima descrevem a influência que ambos Adão e Jesus tiveram sobre a humanidade. Por causa da queda e do pecado, aqueles que estão em Adão estão debaixo do poder da morte (espiritual e física (a qual existe por causa da queda)). Isto dá-se porque a natureza adâmica reina sobre aqueles que ainda não experimentaram o novo nascimento. Porém, em Cristo, há uma reversão, ou seja, a morte (espiritual) não mais tem poder sobre a pessoa; quanto a morte física, ainda que não haja uma reversão visível, há uma reversão na esfera espiritual, pois todos quantos estão em Cristo nutrem a esperança da vida eterna, onde receberão novos corpos espirituais, (cf. I Coríntios 15.40-49). Tendo dito isto, Jesus é o modelo perfeito, n´Ele somos restaurados à condição original perdida no Éden. Ele é o original perfeito, donde Deus extraí muitas milhões de cópias imperfeitas. Por esta razão, os que estão em Adão, ou seja, nascidos sob o pecado original e gerados segundo a carne e o sangue, são criaturas de Deus; apenas os que estão em Cristo são filhos legítimos (de Deus), estes são gerados espiritualmente pelo Espírito de Deus. João 1.12-13 confirma isto: “Mas, a todos quantos o receberam (a Jesus), aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do varão, mas de Deus”.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010 | By: Reginaldo de Melo

Experimentando uma relação pessoal com Deus!

Quando o homem (genérico, masc. & fem.) aceita o convite de Jesus, inicia-se uma relação pessoal com Deus. É como um recém-nascido, que precisa aprender a andar, falar, a sua alimentação é específica, ele descobre novas coisas e desenvolve-se com o tempo. Por outras palavras, quando o homem nasce de novo entra em um mundo novo, onde tudo é novidade. Ao princípio sua percepção das coisas divinas é ténue e obscura, mas com o passar do tempo e com a revelação vem a maturidade cristã. Neste estágio, ele passa a ter prazer não só em viver a vida cristã, mas também em passar este conhecimento a outros. Segundo a Bíblia, este é o maior privilégio de um ser humano. Eis o resumo bíblico da vida: “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em entender, e em me conhecer, que eu sou o Senhor”, (cf. Jeremias 9.23-24). O homem pode ter tudo, mas se não tiver o conhecimento de Deus não tem nada.

Este é o ponto onde o homem entende que não é nem pode ser salvo mediante a sua perfeição, mas pela graça (favor imerecido de Deus), o qual Deus, em sua misericórdia, presta-lhe. Ele vê a salvação como um benefício e não apenas como algo que o livra da condenação eterna. Caminhar com Deus, seguir Jesus é um prazer, sua percepção espiritual leva-o o a ver a vida cristã e seus preceitos como um prazer e não como um jugo. Ele goza da vida cristã diariamente, indiferente de seu status social ou cultural, ele sente-se amado por Deus, e sabe que o amor de Deus não é algo teórico e insípido (sem sabor, que não tem graça ou atractivo), mas algo prático, provado pela morte de Jesus em seu lugar na cruz. A fé deste homem não se alicerça em sua própria justiça ou em emoções, mas é fruto da revelação da Palavra de Deus. A isto chamamos de encontro com Deus.